segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

PRIMEIRO POEMA DO ANO






O MACACO


O macaco na jaula do zoológico
faz caretas, mostra os dentes, funga.
Incomodado com a minha presença,
talvez me olhe como num espelho.

Grita, num guincho dolorido, aflito.
Será meu ancestral?
Balança a cabeça, desaprovando.

Estende o longo rabo e se pendura num galho.
Vantagem sobre os homens: tem cinco mãos.
Com uma segura uma banana,
com outra um graveto e escreve no chão algo ilegível.
E sorri para mim.


1-1-2012 - J. C. M. Brandão






3 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

adoro macacos, q bicho fascinante.
feliz 2012 com essa poesia interessante q vc faz.

Unknown disse...

LINDO!

Macacos fascinam. Sempre quis ter um em casa!

Beijos

Mirze

Bazófias e Discrepâncias de um certo diverso disse...

É engraçada essa interação que nutrimos com os animais no zoológico, né? Eu penso muito nisso quando vou lá. Fico pensando se ele me entende, se já fomos ancestrais, se poderíamos conviver... rs