QUEDA
Caíram-me as
asas.
A dor nos
ombros
me lembra que
estou vivo.
DESTINO
Estou plantado
na terra
com o sol por
testemunha.
Mastigo pedras
e estrelas
e as palavras
se iluminam.
AS ÁGUAS
As águas sempre
novas
me renovam.
De onde venho?
Da montanha.
Para onde vou?
Para o mar.
Por quê? Meu
destino é correr.
O ontem me
habita. Sou amanhã.
A PEDRA
A pedra já foi
água.
O mais íntimo
do seu silêncio
é líquido.
A PALAVRA
A palavra é
inútil.
Toda poesia
está no
silêncio.
J. C. Brandão
Fiz uma Antologia Pessoal do meu livro O Silêncio de Deus para o portal de literatura Cronópios. Quem quiser conferir: http://www.cronopios.com.br/site/poesia.asp?id=5173
3 comentários:
usou perfeitamente os elementos da terra para transcorrer numa linda poesia.
A poesia é o silêncio que grita na alma dos iluminados.
Oi Brandão! Tá postando bastante! hehe.. estou acompanhando dqui... abs
MARAVILHAS SÒ VISTAS AQUI!
Belíssimo!
Beijos
Mirze
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