INDÍCIO
Todas as
árvores cantam,
mas as pedras
não.
CONSTATAÇÃO
Do outro lado
do espelho
não há ninguém.
GÊNESE
O pássaro nasce
do ovo
como o poema.
SILÊNCIO
A semente,
ainda na flor,
é música.
O ESPELHO DE BRONZE
Escrevo o poema
por amor.
A morte é o seu
alimento.
Gravo-o no
bronze do tempo.
No bronze eu me
espelho.
ÍNTIMO
O silêncio da
aranha
e o silêncio do
poeta
tecendo a teia
da noite.
José Carlos Brandão
2 comentários:
Um sopro,
brisas da poesia!
bjs
Bom - mesmo!
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