QUIETUDE
O café preto e vermelho salta
no terreiro ao sol.
Os coqueiros brincam
com as nuvens no céu.
A água gorgoleja no córrego
entre os inhames.
A maritaca grita
dependurada nas telhas claras.
A paz é uma moringa d’água
à sombra da figueira.
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Quietude é um dos poemas de Ungaretti de que eu mais gosto:
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Fiz aqui uma paráfrase, respeitosa.
Vejam o que Gregório Vaz fez ALI.
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Quietude é um dos poemas de Ungaretti de que eu mais gosto:
A uva é madura, o campo lavrado,
destaca-se o monte das nuvens
Nos empoeirados espelhos do estio
caída é a sombra.
Entre os dedos incertos
a luz deles é clara
e longínqua.
Com andorinhas foge
o último tormento.
destaca-se o monte das nuvens
Nos empoeirados espelhos do estio
caída é a sombra.
Entre os dedos incertos
a luz deles é clara
e longínqua.
Com andorinhas foge
o último tormento.
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Fiz aqui uma paráfrase, respeitosa.
Vejam o que Gregório Vaz fez ALI.
5 comentários:
José Carlos!
A quietude sempre me emociona. Escrevo num turbilhão de inúmeros barulhos de uma cidade grande. Mas o silêncio que existe em mim me traz paz.
Lindo poema!
Beijos, poeta!
Mirze
Me trouxe a lembrança, o ano de 1998, quando eu ia quase que diariamente para Guaxupé...( Lá onde foi gravada a novela Rei do Gado)
Show de imagens e poesia...
A paz é a linda conclusão de um poema, quando dizemos amém pelo universo que concertamos. Um pouco de Deus, e o reflexos das coisas criadas em nós.
Belo poema, forte abraço, Brandão.
Lindas palavras, cheia de delicadezas.
Um abraço
Denise
Esse poema de Ungaretti condiz com seu estilo, José Carlos.
Você é um poeta de verdade, e dos bons. A serenidade de seus poemas atravessa a gent. Isso nunca deixará de existir, graças a Deus, nem se enquadra em qualquer moda ou tendência de tempo.
Grande grande abraço.
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