A ESTRELA
Faz mil anos
uma estrela caiu no meu jardim
Brilha
com os pássaros da alvorada
Chora
com as crianças infelizes
e os desamparados da vida
Distribuo seus pedaços
em forma de poemas
pelos quatro cantos do mundo
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O último poema, "A queda de uma estrela", foi escrito em 2010. Logo em seguida, parei de escrever esse tipo de poemas - eu tinha necessidade de novas formas. Dois dias depois de postá-lo aqui, escrevi este "A estrela" - seguindo uma técnica de fazer paráfrases muito livres, como se estivesse criando poemas novos, às vezes até contrariando o modelo. Este não tem um modelo propriamente dito - o modelo é o próprio Ungaretti. Tanto que comecei a escrevê-lo em italiano; tive a ideia - forma e fundo - em italiano.
7 comentários:
Então, o poeta é mesmo um distribuidor de luz.
Abração
Wellington
↓
Obrigado pelo meu Quinhão!
"Star iluminado assim é uma dádiva!"
:o)
concordei com o Wellington, quanto a alguns poetas, como você "distribuidor de luz"
Beijos
Valeu, José Carlos.
Estava com saudade daqui.
Mas o tempo...
Abraço grande.
A vida, a vida tão grande e miúda, valorizada aqui onde o poeta abraça o sofrimento do mundo, e o integra em sua poesia. Abração, meu caro amigo, e sempre muito obrigado pela presença.
Ouvi teus poemas, Brandão, tuas palavras soadas, teu ritmo, tuas inquietações, tuas metáforas, e senti em tudo a presença de um apóstolo da poesia, que é um eco de Deus. Maravilhosa interpretação, que ninguém melhor que você poderia nos dar. Parabéns, poeta, tua dor, tua indagação, a beleza de teu canto, mais um elo, dão prosseguimento à corrente poética: a poesia vai muito bem, obrigado. Abraços.
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