sábado, 3 de julho de 2010
Campo de névoa
Campo de névoa
Apenas as enxadas se erguem e abaixam
No campo coberto de névoa.
O orvalho cai suave
Sobre as melancias abertas.
Eu suspiro baixinho
Olhando as flores no alto das árvores.
O vento desenha arabescos
No capinzal.
Florinhas de capim
Crescem à beira do riacho.
Rolinhas voam da laranjeira seca
No meio da palhada.
O cachorro corre, latindo atrasado.
O boi velho muge sonolento.
A cobra se enrosca no moirão
Com preguiça e malícia.
______
Caros amigos, desculpem a ausência.
Estou mesmo ausente: em viagem.
Logo, logo, retornarei.
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8 comentários:
Meu amigo
Um belo poema, como sempre.
Beijinhos
Sonhadora
a vida se enrosca em nossos olhos -muito além dos cinco sentidos... bjo.
nada como a paz bucólica da névoa sobre um colorido verde.
...florinhas de capim/crescem à beira do riacho... eu queria estar assim, Brandão, com essa leveza, essa fruição tão bela da alma em estado de natureza.
Grande abraço, e boa viagem.
JC, que sua viagem lhe traga e nos traga poemas como esse. beijo
Deliciosa imagem, José! É bom navegar por aqui.
Beijo.
Aqui: o lugar da poesia e da natureza.
Adoro névoa!
Traz uma visão tão bela.
Mas só um poeta para observar tudo o que consta no poema. Apesar e atravez da névoa!
Muito Lindo!
Beijos
Mirze
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