sábado, 3 de julho de 2010

Campo de névoa




Campo de névoa

Apenas as enxadas se erguem e abaixam
No campo coberto de névoa.
O orvalho cai suave
Sobre as melancias abertas.

Eu suspiro baixinho
Olhando as flores no alto das árvores.
O vento desenha arabescos
No capinzal.

Florinhas de capim
Crescem à beira do riacho.
Rolinhas voam da laranjeira seca
No meio da palhada.

O cachorro corre, latindo atrasado.
O boi velho muge sonolento.
A cobra se enrosca no moirão
Com preguiça e malícia.

______

Caros amigos, desculpem a ausência.
Estou mesmo ausente: em viagem.
Logo, logo, retornarei.

8 comentários:

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Um belo poema, como sempre.

Beijinhos
Sonhadora

nydia bonetti disse...

a vida se enrosca em nossos olhos -muito além dos cinco sentidos... bjo.

Ribeiro Pedreira disse...

nada como a paz bucólica da névoa sobre um colorido verde.

Fernando Campanella disse...

...florinhas de capim/crescem à beira do riacho... eu queria estar assim, Brandão, com essa leveza, essa fruição tão bela da alma em estado de natureza.
Grande abraço, e boa viagem.

Adriana Godoy disse...

JC, que sua viagem lhe traga e nos traga poemas como esse. beijo

Anônimo disse...

Deliciosa imagem, José! É bom navegar por aqui.

Beijo.

Gerana Damulakis disse...

Aqui: o lugar da poesia e da natureza.

Unknown disse...

Adoro névoa!

Traz uma visão tão bela.

Mas só um poeta para observar tudo o que consta no poema. Apesar e atravez da névoa!

Muito Lindo!

Beijos

Mirze