A névoa
Deixa a névoa suspensa
de teus olhos, imensa.
Deixa a névoa cobrir
miragens do possível.
A paz é flor distante,
é pedra dissolvida.
Toda memória apaga-se,
resta a névoa do olvido.
E teu relógio talha
os minutos sofridos.
O real da paisagem
perdida sob a névoa.
Há sombrias imagens.
E tudo o mais é treva.
11 comentários:
Melancólico,
e muito bonito.
Um bjo, poeta.
Paz
(ainda que flor distante...)
Lindo e belo...
amo poesia. Ela nos inspira e nos faz bem...
Deixa a néva cobrir a miragns do possível.
Lindo...
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Sandra
Mesmo em se tratando de névoas e trevas, é um poema de rara beleza!
abraço
Querido José, há alguma triste. Um lamento? Uma lágrima que se esconde em névoa? Uma lembrança que vem de longe? Uma esperança que nunca termina e que se faz luz sempre?
Há tanta poesia e tanto além de cada palavra.
Estou aqui, pensando nas manhãs de névoa no sítio quando Bel e João ( meus filhos) eram apenas duas crianças que me diziam: Mamãe, se você der mais um passo para trás, não consigo te ver! E riam e riam...
Apenas riam da névoa!
Beijo com carinho!
JC, gosto dessa melancolia cinza,enevoada, triste, mas intensamente bela. Beijo.
...há sombrias imagens / e tudo mais é treva...
a palavra nos leva ao princípio, e no princípio a luz ainda ensaiava...
mas deste mergulho ela volta, estranha propriedade, em forma de luz: toda poesia.
Grande abraço, lindo poema, linda tua foto também.
Névoas e brumas na densidade simples dum poema...braço
Um abraço
Chris
A paz é flor possível (embora distante).
Gostei imensamente deste poema, JC.
Beijos
simplicidade e melancolia de mãos dadas no poema.
gostei!
Belíssimo Brandão!
bj
Lírica
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