Vejo nítido o céu ao sol,
azul esverdeado e cinza branco.
Sobre os montes da outra margem
paira uma névoa cor-de-rosa.
Visão que se extingue de súbito,
num intervalo entre dois nadas.
Asa no alto, entre céu e mágoa,
veio prolixo e machucado.
Esqueço, como uma saudade
que todo mundo tem por tudo,
e me invade um ópio da noite
num êxtase alheio de nada.
8 comentários:
Agora entendi.rs...Quem não passa pelos destemperes da vida né?!
Na escola estávamos aprendendo um pouco sobre literatura e fiquei perplexa com Augusto dos Anjos.Tentei imitá-lo na época para tentar captar o que ele sentia. Achei nos meus guardados e postei aqui no início do blog,nossa, terrível! rs.. Se quiser e tiver vontade dá uma olhadinha
http://nasasasdacoruja.blogspot.com/2008/12/carne-homenagem-augusto-dos-anjos.html
Bjão e muito obrigada pela visita
Adorei esse poema :)
Oi querido,
vim desejar um feliz Natal para vc e toda sua família e um ano novo cheio de realizações.
Bjs.
A gente se perde na natureza e se esquece um pouco de tudo. belo poema, JC. Beijo.
Nossa, Brandão... Hoje acordei também vendo tudo tão claro, dentro e fora de mim. É bom ver a vida como ela é, sem névoas. O tamanho dos nossos nadas e as possibilidades infinitas. Agradeci a Deus por este momento de lucidez tão rara.
Abraços!
... e me invade um ópio da noite /num êxtase alheio de nada... versos de um existencialismo, com a musicalidade, a resolução em poesia. Grande abraço.
Maravilhoso, amei!
bjs
Gi
... ópio da noite deve dar um baratinho massa...
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