A copaíba
O sangue verde nas veias
As folhas verdes gritam
O tronco gordo se esparrama
A grande copa cobre a areia branca
Os galhos vertiginosamente para os lados
Como se não houvesse espaço acima ou abaixo
A copa baixíssima cobre a cidade
Os galhos larguíssimos abraçam os quatro pontos cardeais
A árvore em oração de joelhos no seu diminuto altar
Um candelabro de folhas verde louvando a Deus
É a mãe ungindo com o óleo a terra como um filho
A copaíba é o símbolo da vida contra a farinha da morte
É o universo que nos estende os braços
São os braços de Deus abençoando a cidade.
(A Copaíba era uma crônica, que agradou muito, falava afinal de um ícone, a Copaíba, proclamando-a símbolo de Bauru. Mas a crônica era péssima, palavrosa demais, gordurosa. Tentei extrair dela o essencial, neste poema. 8-12-08)
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