quinta-feira, 29 de março de 2012

O BODE































O BODE



O bode sobe a montanha, com os chifres
em riste.

A montanha é um trono para o bode.
Entre os rochedos, orgulhoso, ostenta
o poderio do seu domínio estrito.

Que é a vida? O que somos nós no pasto
do existir? Que capim, que ossos roemos?
O bode solta um grito nas alturas.
O grito preto e branco, seco, quebra-se

e, ricocheteando, reconhece
o território do rebanho, grei e reino.
O bode impera sobre os seus limites.



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