Eu vi uma estrela cair,
Quase ouvi o seu tchibum no charco.
O céu estava coalhado de estrelas,
Mas só uma, frágil, caiu.
Uma estrela, num átimo, se apagou.
As rãs coaxaram mais alto,
Depois, sem explicação, se calaram.
Um grilo teimoso não parava de cantar.
Uma coruja lançou seu grito de caça,
Fuzilando com os olhos um sapo enorme.
A lua clareava as árvores,
Desenhava figuras estranhas no chão.
Eu pensei na estrela como um peixe
Verde-prateado brilhando na água.
O mundo, sem que eu percebesse,
Ficou menor com a queda dessa estrela.
7 comentários:
Lindo DEMAIS!
A cada dia o mundo fica menor.
Beijos, poeta!
Mirze
cai uma estrela
e fertiliza tua alma,
grande poeta e amigo
...
Caiu a estrela, caiu a poesia em mim. Tão lindas imagens. Bom poder dizer isso. Beijo
"O mundo, sem que eu percebesse,
ficou menor com a queda dessa estrela"
Estes dois versos são perfeitos por tamanha poeticidade que contém.
Quedo no seu blog, José Carlos, não com a graça de uma estrela, tosco e fosco meteorito que sou. Mas foi uma boa queda, que o chão aqui é macio e fértil.
Devo esta sorte à Cris de Souza, que me encarregou da não muito nobre missão de surrupiar sua foto de perfil, para um trabalho relacionado ao "projeto secreto" para o qual você, como eu, foi convidado a participar.
Um abraço
Um estrela caiu, e transformou-se aos olhos do poeta...e o mundo ficou menor porque tudo se integrou, foi incorporado, transubstanciado na poesia. Gosto muito desses poemas que nos falam direto ao coração, Brandão. Abraço.
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