MATÉRIA DE POESIA
Faço de pedra o meu poema
de terra
e água.
Faço de sangue o meu poema
de suor
e dor.
Faço do tempo o meu poema
de memória
e esquecimento.
Faço da morte o meu poema
de perda
e permanência.
JUSTIFICATIVA
Sócrates, quando estava para morrer, quis aprender a tocar cítara.
– Mas para quê? – disseram. – Você está para morrer.
– Ao menos terei tocado a minha cítara – respondeu.
Como Sócrates, eu escrevo os meus poemas.
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