A CABEÇA DE BOI
Uma cabeça de boi pendurada no mourão da porteira.
É velha, está quebrada, os chifres estão quebrados. Entram e saem abelhas por todos os lados.
As abelhas fizeram a sua cachopa dentro da cabeça de boi. Pinga mel pelos dentes, pelas narinas da cabeça de boi.
Os dentes são dourados de mel, o hálito é doce, meloso, perfuma até o ringido da porteira.
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A Sônia postou esses dias uma cabeça de boi no Flickr. Lembrei-me de que eu fotografei também a mesma cabeça. O texto é de uns dez anos antes.
9 comentários:
Lembra-me a cidade do interior que já passei.
abraços
falando nisso, lembrei da minha bezerrinha - preciso passar lá para vê-la :)
uma coisa boa essas cabeças, livres da tortura do pensamento do homem
beijos!
Brandão querido,
Como a doçura impregna, não? Assim acontece aos homens.
Mt bom!
Bom fds e bjão
Meu querido Poeta
Deixo um beijinho com carinho.
Sonhadora
Gostaria de ter escrito existem elementos no ar eu preciso estar no ar rs gosto muito do seu texto!
Bjs
José Carlos!
O poema é algo de extraordinário.
Mas.... ainda BEM QUE NÃO POSSO VER DE PERTO ESSA CABEÇA. Ia morrer de medo.
Beijos, poeta!
Mirze
Sempre penso em poesia quando vejo uma cabeça de boi. Vc soube descrever linda e tristemente uma quase violência. Belíssimi, JC. Beijo
↓
Este rangir
é o RISO da porteira
para a caveira.
MUUUUÚ!
:)
Uma bela foto, Brandão, tão típica das estradas rurais... e sobre a destruição a vida renova o sentido das coisas com o mais suave perfume.
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