A SOMBRA DO RELÓGIO
A sombra do relógio
com seu pêndulo implacável
no espelho.
O DIA IMÓVEL
O dia imóvel,
na planície deserta,
passa.
LOUSA
Passou por aqui.
(Nem a sombra deixou.)
ESTRELAS CRUÉIS
Ó estrelas cruéis
zombando da sorte
como pedras vivas.
O RIO DO TEMPO
Ouça, na sombra,
o rio do tempo.
A PORTA DA LEI
Cheguei à porta da lei, com Kafka ao lado.
Sorrimos tristes para a areia da ampulheta.
CAIM
Os filhos de Abel
chamam-se, todos, Caim.
A BORBOLETA
A borboleta azul, preta e branca
no tronco sem casca da árvore.
Medita sobre a sua sombra verde.
BRONZE
Inscrevo o meu poema
no bronze do mar.
8 comentários:
Adorei seus "poeminhas" que de pequenos só tem a forma! beijo
Below demais, que essa simplicidade ensina! Bjs
Lindos poeminhas para um final de tarde brilhar estrelas vindouras.!
Gostei de todos, mas se pudesse destacar os que mais impacto me fizeram:
A BORBOLETA
BRONZE
O DIA IMÓVEL!
Se bem que CAIM, fecha com sete chaves de ouro!
Beijos, poeta!
Mirze
Não são apenas poemetos. São minicontos, nanocontos, micro-contos...é coisa d genio.
A parte da lousa me pareceu uma composição ....triste?
Maravilhosos teu poeminhas de grande inspiração! FELIZ NATAL e tudo de bom pra ti e teus!abraços,chica
Meu querido Poeta
Hoje passando apenas para desejar um Natal Feliz, cheio de amor e paz, junto de todos que lhe são queridos.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Meu caro:
venho retribuir
os seus amáveis votos!
Saudações natalícias
You know...
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