segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A gata e o telefone





A GATA E O TELEFONE


A gata que pintou o telefone,
com sensualidade feminina,
numa manhã qualquer, de muito sol,
a gata alegre como um girassol.

A gata, ágil, num pulo se acomoda
sobre o balcão, onde descansa o branco
telefone. Rodeia-o, senta-se em cima
como num trono régio, soberana.

Quem diria que a gata sofreria,
nessa hora, de uma repentina dor
de barriga? Aliviou-se e com um líquido
cor de ouro o telefone revestiu.

No pomar, no jardim, na sala quieta,
a gata bela como uma romã
abre-se, desabrocha ao sol, sangrando
diamantes de luz no ar da manhã.

5 comentários:

Jota Brasil disse...

A minha solta suas revoltas por cima hehehehehe
Na penteadeira, no bufet, na janela...DEpois de engolir chuquinhas de cabelo...

Unknown disse...

MUITO FOFO!

Quem dera fôssemos assim destemidos como os gatos. Para mim, o mais sábio dos bichos.

Algum problema? Quebrei o telefone? Ele apenas me incomodava com seu barulho infernal.

Muito BOM!

Beijos, poeta!

Mirze

Luiza Maciel Nogueira disse...

Há intimidade nesse relato, há afeto, e que lindo! Beijos

dade amorim disse...

Lembrou minha gatinha que fugiu em janeiro do ano passado, e nunca mais consegui encontrar.
Gato é assim - não espera, não se faz de rogado, trata de si.
Linda.

Beijo

Adriana Godoy disse...

Minha gata adora telefone também. Só que não chegou a esse extremo. Gostei da intimidade que esse poema causa. Bj