O poema
O poeta levou a concha ao ouvido
e ouviu o mar, um mundo submarino
familiar e longínquo como o fim do mundo.
As gaivotas vieram das brumas do horizonte
e pousaram nos ombros do poeta.
Navios resfolegavam como cães cansados,
subiam e desciam entre os vagalhões.
O poeta está sentado à mesa da cozinha
ouvindo o apito do trem como se fosse um navio
se aproximando.
Olha pela janela as estrelas
caindo.
Aperta as estrelas no punho fechado.
O relógio está parado.
O poema explode,
o poema mede o tempo com a sua bússola
de sal, um tempo diferente do tempo dos homens,
semelhante ao tempo de Deus.
Depois, o silêncio.
(O poema se alimenta de silêncio e solidão
como os homens.)
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9 comentários:
NOSSA! QUE MARAVILHA!
Só assim em maiúscula mesmo, para vê se você sente quanto vibro com esses poemas que você pensa que escreve, mas é Deus quem dita.
Beijos, poeta!
Mirze
E nós nos alimentamos de poemas, bjs
Meu querido Poeta
É no silêncio...que o poeta se escreve...um poema que fala, adorei.
beijinhos com carinho
Sonhadora
"A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio
de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida"
Um Feliz Natal e um Ano Novo cheio de Paz,
Amor, Saúde e Amizade.
Bjs
"Maravilha curativa"...
Querido Brandão
Seus poemas são como telas mágicas, nas quais é possível ver o personagem em seu ambiente, capturando as estrelas, que estão la fora, com nossos olhos famintos de tais emoções,a alma cheia de encantamento.
Obrigada por esses momentos tão especiais!
Carinho,
Fátima Guerra.
E é assim o poeta. Tão lindo este poema. Adorei.
Beijo de carinho, querido José.
Brandão, meu querido,
Que seus silêncios ecoem por todos os cantos e caiam sobre nós.
Bjão e linda semana
esse é um poema maiúsculo!
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