A GATA E O TELEFONE
A gata que pintou o telefone,
com sensualidade feminina,
numa manhã qualquer, de muito sol,
a gata alegre como um girassol.
A gata, ágil, num pulo se acomoda
sobre o balcão, onde descansa o branco
telefone. Rodeia-o, senta-se em cima
como num trono régio, soberana.
Quem diria que a gata sofreria,
nessa hora, de uma repentina dor
de barriga? Aliviou-se e com um líquido
cor de ouro o telefone revestiu.
No pomar, no jardim, na sala quieta,
a gata bela como uma romã
a gata bela como uma romã
abre-se, desabrocha ao sol, sangrando
diamantes de luz no ar da manhã.
diamantes de luz no ar da manhã.
5 comentários:
A minha solta suas revoltas por cima hehehehehe
Na penteadeira, no bufet, na janela...DEpois de engolir chuquinhas de cabelo...
MUITO FOFO!
Quem dera fôssemos assim destemidos como os gatos. Para mim, o mais sábio dos bichos.
Algum problema? Quebrei o telefone? Ele apenas me incomodava com seu barulho infernal.
Muito BOM!
Beijos, poeta!
Mirze
Há intimidade nesse relato, há afeto, e que lindo! Beijos
Lembrou minha gatinha que fugiu em janeiro do ano passado, e nunca mais consegui encontrar.
Gato é assim - não espera, não se faz de rogado, trata de si.
Linda.
Beijo
Minha gata adora telefone também. Só que não chegou a esse extremo. Gostei da intimidade que esse poema causa. Bj
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