segunda-feira, 12 de julho de 2010
A Pedra-Balão
A Pedra-Balão
Você subiu na Pedra-Balão.
Eu a vejo de vermelho
Numa moldura de flores vermelhas
Iluminadas pelo sol do inverno.
Os periquitos verde-amarelos gritam.
Você contempla o mundo do alto.
A pedra se ergue sobre o abismo.
O mundo é feito de pedra e verde.
Os raios do sol abençoam a pedra
Enorme como um meteoro.
O universo inteiro se concentra
Nessa pedra sagrada como um altar.
Num vão sobre a pedra eu vejo o azul.
O céu líquido no seu bojo materno.
O mundo é pedra, pedra, pedra. E flutua.
Montes vestidos de verde sob o céu azul.
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9 comentários:
José Carlos,
bela lembrança você me traz com esse poema lindo. visitei muito a pedra balao...
lembrei da música do Raul: algo como eu descobri o segredo...vendo as pedras chorando no mesmo lugar. Quanto segredo uma poesia abriga.
:) beijo
Altares da natureza... escalamo-os para um momento de quase deus.
Beijos.
Belo poema, meu irmão!
"os raios de sol
abençoam a pedra"
e sua poética!
um grande abraço!
José Carlos!
Estou dentro desta pedra. Me fiz pedra encantada por Manoel de Barros. Hoje sou uma pedra que destoa.
Quanta riqueza em seu poema, onde a liquidez do mineral, passa a idéia de vida!
Parabéns, poeta!
Beijos
Mirze
A pedra, o poeta, a poesia. Lindo, JC..Sei que vc tem uma atração por pedras. Mais um presente para nós, leitores. Beijo
Temos todos nossas pedras, símbolos de algum lugar, de algum momento. Muito bom lembrar disso, lendo o poema.
Beijo.
Brandão,
O sol de inverno é moldura adequada.
Auréola.
Abraços.
"A pedra se ergue sobre o abismo.
O mundo é feito de pedra e verde."
belíssimo!
todo o verso é belíssimo, !!!
teu olhar sobre a natureza é exemplar e a capacidade de misturar-se a ela, idem.
grande abraço.
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