quarta-feira, 7 de julho de 2010
Passeio
Passeio
A formiguinha passeava
Sobre as pétalas da camélia.
Uma gota de orvalho refletia
A minha cara e o bico de um sabiá.
As pedras eram verdes de limo,
Os caracóis sorriam ao sol.
As samambaias e as avencas pendiam
As folhinhas crespas para a água da mina.
As árvores conversavam comigo,
Contavam casos de raízes e líquenes.
Um ouriço trepava na figueira.
Os guizos da cascavel tilintavam.
O meu cavalo resfolegava na estrada.
O meu cachorro arfava de cansaço.
O sabiá-laranjeira cantava para mim.
Vinham tantos cheiros na minha língua.
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12 comentários:
Lindíssimo! ADORO TE LER E QUE LINDA FOTO!ABRAÇÃO,CHICA
A imagem poética dos cheiros na língua, acentuam a paisagem e enobrece o poema!
Belo!
Beijos
Mirze
Bucolismo saudosista de uma atmosfera natural que não inda quanto dura... ;)
cheiro a natureza, matagal. Lembrou-me dos tempos no sítio, de cachoeira, maré e pássaros. Lindo.
Beijos.
O poema desperta mais que os cinco sentidos...é bom vir aqui e encontrar esse ar fresco de pura poesia. Beijo.
meu querido amigo
Um belo poema, uma brisa frescas...Lindo
beijinhos
Sonhadora
Parabéns, poeta. Sua poesia é um encanto, lindos poemas encontrei aqui ;)
Um abraço,
Geraldo.
a natureza toda se fez presente na tua poesia.
As palavras chegam e saltitam na paz dinâmica de teus versos.
Belo!
Buscando este deixa estar estou aqui num sítio em Trancoso ouvindo mar e canários da terra.
Gostei de sua passagem pelo meu blog,volte sempre.(www.cristinasiqueira.blogspot.com)
com carinho,
Cris
Aqui sou mais bucólica do que nunca, e que gostoso isso. =)
Beijos.
E os cheiros, Poeta,
têm mais força na língua.
Forte abraço.
Uma "belezura", José!
Um abraço forte,
Talita.
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