domingo, 18 de julho de 2010
É dia, Maria
É dia, Maria
Pôu! – e depois outra vez muito longe: Pôu!
A mão de pilão descendo pausadamente
O monjolo líquido moendo o tempo
O galo do sol bica a farinha da aurora.
O cavalo me olhava e relinchava
Me olhava e relinchava novamente
Os gansos deram o sinal de alarme
O dia nasceu da barriga do sapo.
Todas as pétalas do jardim sorriram
Com as pérolas do orvalho pulsando
A terra era um pulmão e regurgitava
As abelhas voaram com ouro nas patas.
O menino anda com as vacas no pasto
O cachorro corre na frente latindo
Os bezerros dão pinotes felizes
As garças brancas inauguram o dia.
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6 comentários:
JBrandão, você é o poeta que declama no pasto, entre vacas e garças é lindo o seu poema!Bjs
José Carlos!
Viajo em seus poemas. Uma viagem de voo de garça.
Belo demais!
Parabéns, poeta!
Forte abraço
Mirze
Passando para ler sua poesia observadora da natureza e bela.
Beijos.
e tu observa de peito pro céu, de olhos na terra, de vida cheia nesse olhar
beijos
José Carlos Brandão,
repouso minha alma
em teus versos...
forte abraço.
A imagem nos envolve naturalmente...
Bela paisagem !
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