Visita ao Matão
Eu me vejo no espelho da janela.
A minha velha casa me recebe,
A mesma casa antiga, familiar,
Com as mesmas paredes, que me abraçam.
Um raio destruiu meia figueira,
Mas ela continua na paisagem
Com os cupins, abelhas, parasitas
Vivendo de seu tronco e suas raízes.
As jabuticabeiras se renovam,
Crescem e multiplicam-se no tempo.
O peru, as galinhas, os bezerros,
O meu mundo me espera no quintal.
O ribeirão, o mato ao fundo, os pássaros
Embalam a minha infância ainda hoje.
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Visita à casa da minha infância, num lugar chamado Matão.
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4 comentários:
Ótimo ouvir suas histórias dos longes. E que imagens - como sempre! Especialmente a da figueira acometida por um raio, que persiste na paisagem.
Abraços, meu caro!
Canta quintal.
O cão ressona...
Brandão,
Ser abraçado assim é dádiva. Ou conquista. Ou ambos.
Um abraço.
O mundo no quintal: mais do que belo.
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