Eu me perdi nas dunas do poente,
ouro selado no caminho das lágrimas.
Que palavra o desígnio vence?
A noite é o limite do mistério.
Uma pálpebra tímida me escuta,
inútil o exercício da procura.
As vagas se detêm na praia cinza,
a aranha tece o véu de orvalho e nácar.
No labirinto da linguagem cega,
eu velo a flor do abismo.
Estou perdido, além das evidências.
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10 comentários:
Meu querido Poeta
Belo poema.
No labirinto da linguagem cega,
eu velo a flor do abismo.
Diz-me tanto.
beijinhos
Sonhadora
Amigo J. C.
Tenho andado um pouco afastado, mas porque estou a reorganizar-me. Acontece que consegui entrar para a pre-reforma. Agora tenho que organizar o meu pc de casa, porque tinha muita coisa no pc do trabalho.
No entanto não tenho deixado de ler sempre os seus excelentes poemas.
Um abraço
Victor Gil
Se perder assim é se achar?
Bjs.
Perdido maravilhosamente em meio aos lindos versos e poesia...Lindo! abraços,chica
[para além das coisas finitas,onde se escondem as revelações de cada original dúvida? estaremos nós perdidos no deserto da areia de vida, ou terá o mar que adormece nos perdido nesse caminho que apela?]
um imenso abraço
Leonardo B.
-- Não ame pela beleza, pois um dia ela acaba.
Não ame por admiração,
pois um dia você se decepciona.
Ame apenas, pois o tempo nunca pode acabar com um amor sem explicação.
Madre Teresa de Calcutá
Desejo uma linda semana com muito amor e carinho.
Abraços
Bela foto para um belo poema como sempre.
Bjs
Belíssimo Brandão!
bj
Gi
... ai, a flor do abismo...
Muito lindo este poema, imagens de desassossego, belíssimas. Destaco:
"...No labirinto da linguagem cega,
eu velo a flor do abismo.
Estou perdido, além das evidências."
Grande abraço, meu amigo.
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