Sinto a respiração de Deus na pedra,
Na árvore da aurora.
Estou coberto de água,
No vale dos caminhos sem retorno.
Quem sou? Quem é o poeta?
Sou o espanto do homem plantado na terra.
Sou a raiz do sonho sufocado.
Farejo como um cão o lodo do abismo.
Sou real? Alguém me sonha?
Existo como as coisas, no caos?
Entrei no mar com a minha rede de pescador.
A realidade do peixe tem um peso eterno.
Mas que importa que eu me vá? Que importa que continue?
Somente furando os olhos posso ver Deus.
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