A ponte de pedra
os dois arcos sobre o rio
o céu sob as águas
Uma borboleta
pousa no arame farpado
a formiga à espreita
O rio deflui
sob a ponte de pedra
– aridez, ausência.
No fundo do poço
os peixes buscam o seu corpo,
ou a sua imagem.
Duas lágrimas caíram
dos olhos da estátua
sobre a minha solidão.
Tantas estrelas no céu
mas uma alma só
para entrar em êxtase.
3 comentários:
"Duas lágrimas caíram
dos olhos da estátua
sobre a minha solidão."
Destaco este terceto que me "tocou" particularmente.
Um beijo
Muito bonito
Que beleza, José Carlos!
Belos!!
Abraços.
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