A BALEIA
A maldição de
Acab não tem fim.
Preso ao ventre
da baleia branca,
é preciso
matá-la. Por que tanta
miséria, tanto
mal? Grita de dor
como possesso.
Com o inferno em vida,
convoca a
marujada para o périplo.
Fustigamos os
mares cor de bronze
em busca da
baleia amaldiçoada.
Olha. A baleia é
bela como o mal.
Carregamos o
belo nas entranhas.
Carregamos o mal
nas costas largas.
Disparo o meu
arpão contra a desgraça
de viver, talvez
de morrer. Não tenho
salvação. O
demônio da baleia
me persegue e
destrói o meu navio.
Não serei salvo
nem com a sua morte.
_______________
Nenhum comentário:
Postar um comentário