UM LENÇO DE ADEUS
As coisas da
terra não têm nenhuma finalidade
por mais que o
poeta
as cante
e decante.
Os dinossauros
foram extintos há milhões de anos
e ainda se vê
seu rastro
sob a terra
mas só isso.
Das coisas da
terra, de nós, que as cultivamos
talvez fique
um
rastro
ou nem isso.
Cultivemos as
pétalas da manhã, enquanto houver rosas
cultivemos as
pétalas e as palavras
nos dias
claros
nas noites de
insônia.
Depois
conjuguemos o futuro do pretérito, imperfeito
como tudo
e de luto
emudeçamos.
2 comentários:
Das coisas da terra surgem as dos homens e suas palavras feitas para nos "descoisificar".
Bonito poema :)
beijo.
BF
PERFEITO E BELO!
Beijos, poeta!
Mirze
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