segunda-feira, 27 de setembro de 2010
A bênção do sol
A bênção do sol
Tem um rio nos fundos da minha casa.
Quando chega lá, ele forma um lago.
Depois um segundo lago. Não quer ir embora.
As águas chegam e param para sempre.
Chega uma pata adernando as banhas
Com uma esquadra de patinhos atrás.
Nadam no lago para lá e para cá.
Chega o sol com uma libélula.
Depois chega uma borboleta amarela,
A pata fala Quá! e ela fica azul de susto.
Os patinhos dão risada, Quá, quá, quá!
A borboleta voa na direção do sol.
Os peixinhos põem as cabecinhas de fora,
Espiam o espetáculo do sol. Uma garça voa,
Os bezerros pastam o capim verde do dia
À beira do lago. A vida é uma bênção do sol.
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7 comentários:
sem dúvida, faço das tuas palavras as minhas
beijo
Brandão, caríssimo...
Postei hoje algo bem diferente do que você fala. Mas você traduz de forma imensamente linda o contrário do que imagino. Tanto que me apaixono por tua escrita.
A palavra tem disso: mesmo ideias contrárias se completam, não divergindo.
Beijos ensolarados
Carla
Lindo, José Carlos!
A vida é uma bênção do Sol que ilumina você, que nos abençoa com sua poesia!
Uma corrente!
Beijos
Mirze
Sempre a natureza cantando e derramando sol em seus poemas, José Carlos.
Um abraço amigo.
E o poema teceu um quadro belíssimo.
Ah! Me senti à beira da lagoa, assistindo um dia lindo, cheio de vida, uma brisa suave e uma caríca iluminada na pele. Adoro bichos, principalmente soltos, livres!
Gostoso, lúdico, sensível...
Valeu muito vir aqui!
Beijokas.
Uma graça de poema...
Parabéns
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