quinta-feira, 3 de junho de 2010
Quando eu era árvore
Quando eu era árvore
Esse vento me lembra de quando eu era árvore.
À beira do córrego, no fundo do quintal.
Os peixes espiavam curiosos
A orquestra de pássaros entre as folhas.
Como era bom sentir as minhas raízes
Sumarentas dentro da terra.
O musgo me subia pelo tronco.
O sol beijava as minhas orquídeas.
O sol depois da chuva era gostoso.
Os pica-paus me bicavam a pele
E davam risada. Árvore!
O dia nascia nos meus galhos.
Eu ouvia a água, o sol, o vento.
A terra era a minha alma.
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8 comentários:
A alma que se explana, em fantasia e sonho pelos braços de uma árvore feliz...
Muito bonito
L.B.
És maravilhosamente inspirado sempre!abraços,chica
José, acredito que temos muitas memórias a serem vasculhadas. A tua memória de árvore é uma admirável expressão poética.
bjs.
Bonito Brandão!
Lembra muito um poeta que eu adoro! :)
bjs
Lí
Se eu fosse árvore, como gostaria de ter orquídeas!
=)
Beijo.
Não me surpreende você ter sido árvore.A memória deste tempo está na sua poesia.
Meu amigo
Lindo seu poema, muito profundo.
O dia nascia nos meus galhos.
Eu ouvia a água, o sol, o vento.
A terra era a minha alma.
adorei
Beijinhos
Sonhadora
...o dia nascia nos meus galhos...a terra era minha alma.
Muito bom. Essa memória límbica, acredito, é a grande geradora da poesia no homem. Grande abraço, meu caríssimo amigo, parabéns pelo lindo poema.
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