sexta-feira, 21 de agosto de 2009
O estranho matou os pássaros
O estranho matou os pássaros com um martelo.
Eu o tranquei no fundo calabouço.
Estava vestido de penas, nuvens e espumas,
Sonhava no seu leito de pregos com o paraíso.
Os mortos sabem as palavras cifradas,
A chave rolou para o fundo do poço.
O estranho se dizia possuído dos dons do espírito,
Mas trazia a morte na ponta dos dedos
E o seu sopro era seco como o pó dos sepulcros.
O céu veio abaixo, arrebentou o seu peito.
Restam as cinzas dos delírios sobre as pedras,
Mas a sua visão ainda incendeia as estrelas.
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5 comentários:
sr. da lira...
capacidade de mesclar sonho a pesadelo, leveza a toneladas e mais toneladas...
ele adquiriu o dom, apesar.
dentro de meus olhos: cintilância.
valeu, mestre brandão!
triste saber que aumenta a legião de estranhos matadores de pássaros brancos... e a chave, perdida.
beijos, JC.
Vida, degradaçao e morte. Devastação e a defectível cobiça humana. Plumas, penas e a penúria do pouco que restar depois do após.
Abraços,
"E o seu sopro era seco como o pó dos sepulcros." forte demais o poema inteiro, esse verso, a crueldade, e ao mesmo tempo apresenta uma estranha beleza. Vou ler de novo. Beijo.
FELICIDADE!
Quando o vento bater à sua porta,
Abra devagar,
Para deixa-lo entrar
Pense quanto de bom poderá receber,
Se estiver pronto para tal,
Mas as conquistas diárias
Estamos sempre apostando tudo
e a cada recomeço,
Percebemos, o quanto é gratificante,
Estar pôr perto de quem se gosta de verdade,
Sua simpatia,
Corresponde o momento de felicidade
e transborda de alegria
o coração de quem recebe.
(Roseli Alcântara)
Desejo toda a felicidade neste final de semana,
Um grande abraço.
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