Foto: Sônia Brandão
AS PÉTALAS
As pétalas da rosa
são a rosa
queimando no fogo.
A MULHER
A mulher erguendo a mão
para a macieira
em chamas.
DEITADOS
Deitados sob a árvore
o amor nos chamava
da cascata de estrelas.
MORREMOS
Morremos com cada morto
que enterramos.
A POMBA CAI
A pomba cai do céu azul
sobre as línguas famintas
das pedras.
ABANDONO
Abandonei o meu corpo
na praia
olhando o mar.
O CÁLICE
Beberei do cálice
até a última gota.
UM EPITÁFIO
Palavra na pedra
o poema é um epitáfio.
SOL DE MOSTARDA
Ao sol de mostarda
corre o rio para o mar.
A POEIRA
A poeira se eleva
as cinzas do meu pai
caem no mar.
OS CAVALOS DO MAR
Os cavalos montam
as ondas do mar
nas praias do fim do mundo.
O OLHO
O olho no galho da roseira
alto, lúcido e belo
como uma rosa sangrando.
5 comentários:
Vim deixar um abraço e desejar um bom domingo para si.
Por um feliz acaso descobri este recanto e já me sinto tocado pela força de sua poesia.
Gostei imenso e voltarei.
Fraterno abraço de Gilbamar.
Procurei em livros e livros,
Um poema,
Um parágrafo,
Uma frase,
Que me resguardasse da mágoa, Como janela de vidro protegendo o rosto da chuva.
Mas nada do que leio chega para contar o que sinto.
( N.G.J. )
Bom domingo para você e toda sua família
Abraços
Passa la no blogger tem uma novidade
é assim, com estas palavras "comuns", que consegues que elas não se esvaziem.
só a poesia o consegue.
obrigada.
boas execuções epigramáticas
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