sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A goiabeira




A GOIABEIRA


Estendi a mão para apanhar uma goiaba
e uma lagarta de fogo me queimou o braço.
Doeu até a alma.

Quando voltei, não encontrei nem a goiabeira.
Era como se fosse há séculos ou milênios,
no princípio da vida.

Nem o pomar existe mais, nenhuma árvore.
A lagarta de fogo era a serpente, a goiabeira era a árvore
do bem e do mal no meu quintal-paraíso.

Sou memória ancestral no exílio.






2 comentários:

Claudia Almeida disse...

Gostei do poema, somos memória ai que aflição tudo isso.
Paz e bem
Feliz Natal em família.

José Carlos Brandão disse...

Obrigado pela leitura generosa. Feliz e santo Natal.