POEMA À MÃE
Mãe, a areia
se escoa da ampulheta.
O teu menino
envelheceu.
A ferrugem rói
os ossos e a paisagem.
Vesti a roupa
preta da despedida.
O tempo voa. Olho
a minha imagem
no espelho:
triste e torto, não me reconheço.
O mundo fez de
mim um homem duro,
não sou mais o
teu menino puro.
Sou quase um
homem morto.
Onde as tuas
mãos para me pensar as feridas, mãe?
Onde os teus
olhos que refletiam o olhar de Deus?
Desfaleço. No
fim do caminho
estendo as
mãos procurando as tuas mãos, mãe.
Estou tão sozinho.
5 comentários:
Palmeirinhas lindas, significando tanto...
Triste e belo poema!
Um abraço
Nem todas as Palavras do mundo, são suficientes para descrever o toque da razão de sentirmos as ternas mãos de Mãe!... Talvez seja mesmo a última coisa que nos resta; a partir de sua partida, acontece um recomeçar de novo, em Família, mas sem aquele espaço que falta na falta do coração!...
Abraço
Que final bonito...
↓
Lindo, lindo, lindo!
...
Como gostaria de falar assim pra minha mãe,
ELA ainda vive,
mas "já morri"... faz uns dois anos!
Dói e não acho a cura!
:o(
Forte, mas real este poema, amo poesias e já estou participando também, convido a conhecer meus blogs, e o de poesia é este:
http://orvalhoemflor.blogspot.com.br/
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