O RIO
O rio deflui,
banha as folhagens do dia
e o corpo da mulher.
A MAÇÃ
A maçã repousa
com a macieira, o rio e o vento
no linho da mesa.
O SAL
O sal sobre a rosa,
a névoa sobre os pinheiros
e a terra sob o mar.
BUSCA
Mergulho no escuro,
busco o brilho das estrelas
no abismo de Deus.
A CONCHA
A casa é uma ostra
no fundo do mar.
SABEDORIA
Seja sábia de dia,
seja sábia à noite, ó alma.
Desce a névoa que esperas.
A ESFINGE
Decifra a pedra
da paisagem submarina
e morre enfim.
6 comentários:
Tua poesia é enxuta e revela o domínio do conhecimento léxico e da interferência no discurso. Isso é poesia, sem toda aquela verborragia que estamos acostumados a ler!
Gostei, parabéns!
a sua "busca" é uma teteia de teia para nos enredar no belo...
Olá meu novo amigo.
Pasei para conhecer seu blog, e deparo com grandes reflexões de uma vida.
lindo....
Uma semana de muita paz, amor e luz.
beijinhos doces de sua nova amiga.
Regina Coeli.
Te aguardo em meu cantinho.
Eu fico sem palavras ao ler-te. Sinceramente. Um prazer. Muitos beijos.
Decifrar a pedra e depois morrer...
Que lindo, JC!
bjo.
Nydia
Obrigado pela visita e pelas belas palavras que me deixou, para mim foi muito importante.
Tenha uma boa semana cheia te amor.
Abraços. Eduardo Poisl
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