Uma estrela cai no banhado.
As rãs coaxam.
Os juncos tremem no escuro.
O bambual se inclina.
Os guizos da cascavel
tilintam na brisa.
O grito do quero-quero
desperta o banhado.
O capim cintila em festa.
O cisne desliza
no lago quieto.
Uma rã mergulha.
Um comentário:
Caro amigo poeta,
O espírito de Bashô, está em ti.
O zen percorre em um pequeno lago e suas rãs.
Pena que o ódio grudou em minha alma como visgo de salgueiro. Ela chora o tempo todo.
Belo poema, ou fantástica seqüencia de hai-kais.
Edson Bueno de Camargo
Mauá - SP
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