Foram oitenta
tiros de fuzil.
O metal caiu
com estrépito.
A fumaça se
elevou no ar da tarde.
O sangue
borbulhando com a flor no alto.
Uma flor de
sangue nas costas.
Os ovos da
morte borbulhando no sangue.
Ouve a música da
flauta que se quebra.
Ouve o touro
da morte, como muge.
Ouve o tigre
da morte, como ruge.
Ouve o
rinoceronte da morte, que estúpido.
Ouve a jaula
da morte, nenhuma lucidez.
De tudo ficou
apenas um buraco negro.
Nenhuma pomba
branca voa mais.
O músico é um
pássaro com a garganta cortada e canta.
O seu canto
corta a pele do dia como o diamante.
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