quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O CANTO E A LIÇA





                       O CANTO E A LIÇA



O canto e a liça. Infindo vai e vem.
O canto paira no ar. Gira. Regira.
Registra um tom abaixo e acima, bem
onde começa a liça. Gira e mira.

Há uma rosa nesse canto, além
do fogo que essa liça queima. Pira
que alimenta a memória. Para aquém
da consciência, entra música e ira.

O canto vence a liça. Embora a morte.
Olhares fixos, para a vida fixa
nesse canto como nessa liça.

E enquanto o ser decide a sua sorte,
sina entre canto e liça. Nesse entanto,
cante-se sobre essa liça esse canto.







       Poema publicado no Jornal da Cidade, de Bauru, dia 3-02-13, publicado pela primeira vez no meu livro O Emparedado, de 1975.













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