O CANTO E A LIÇA
O canto e a liça. Infindo vai e
vem.
O canto paira no ar. Gira.
Regira.
Registra um tom abaixo e acima,
bem
onde começa a liça. Gira e mira.
Há uma rosa nesse canto, além
do fogo que essa liça queima.
Pira
que alimenta a memória. Para
aquém
da consciência, entra música e
ira.
O canto vence a liça. Embora a
morte.
Olhares fixos, para a vida fixa
nesse canto como nessa liça.
E enquanto o ser decide a sua
sorte,
sina entre canto e liça. Nesse
entanto,
cante-se sobre essa liça esse
canto.
Poema publicado no Jornal da Cidade, de Bauru, dia 3-02-13, publicado pela primeira vez no meu livro O Emparedado, de 1975.
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