Um pouco de memória - ainda mais quando é a memória do meu 7º livro, Memória da terra. Abaixo, a orelha.
Estes poemas telúricos
O
mal do homem contemporâneo é ter perdido as suas raízes, não sabe mais quem é,
quem são os seus ancestrais, qual é a sua ligação com a natureza e com os
outros homens. Como uma árvore, o homem tem suas raízes plantadas no lugar onde
nasceu, onde a sua família se desenvolveu, onde cresceu, em contato com outras
pessoas como ele.
Meu
bisavô João Ventura veio de Minas para Dois Córregos, SP, e abriu a fazenda
Matão, que foi dividida para seus herdeiros em várias pequenas fazendas. Eu
nasci numa dessas fazendas. Pude escrever estes poemas telúricos porque tenho
minhas raízes nesse lugar.
Poesia
é imagem. Cria-se um poema com o trabalho da linguagem para criar imagens, que
só podem nascer de elementos concretos que fazem parte do mundo pessoal do
poeta, do lugar em que ele viveu.
“Canta
a tua aldeia e cantarás o mundo”, diz Tolstoi, que Miguel Torga complementa:
“Do meu Marão nativo abrange-se Portugal; e, de Portugal, abrange-se o mundo.”
A minha proposta é mais modesta: eu recrio imagens de outras paisagens para
reinventar o meu Matão.
Estes
poemas telúricos, ou seja, do planeta Terra, mas também da minha terra. Eis Memória
da terra, o livro que comecei a escrever há vinte anos e que agora
concluo e lhe entrego, amigo leitor.
J. C. M. Brandão
e-book aqui: http://issuu.com/jcmbrandao/docs/mem_ria_da_terra
Um comentário:
Parabéns! Sucesso!!!
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