segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

MEMÓRIA (e-book Memória da terra)


     

       Um pouco de memória - ainda mais quando é a memória do meu 7º livro, Memória da terra. Abaixo, a orelha.


Estes poemas telúricos

O mal do homem contemporâneo é ter perdido as suas raízes, não sabe mais quem é, quem são os seus ancestrais, qual é a sua ligação com a natureza e com os outros homens. Como uma árvore, o homem tem suas raízes plantadas no lugar onde nasceu, onde a sua família se desenvolveu, onde cresceu, em contato com outras pessoas como ele.
Meu bisavô João Ventura veio de Minas para Dois Córregos, SP, e abriu a fazenda Matão, que foi dividida para seus herdeiros em várias pequenas fazendas. Eu nasci numa dessas fazendas. Pude escrever estes poemas telúricos porque tenho minhas raízes nesse lugar.
Poesia é imagem. Cria-se um poema com o trabalho da linguagem para criar imagens, que só podem nascer de elementos concretos que fazem parte do mundo pessoal do poeta, do lugar em que ele viveu.
“Canta a tua aldeia e cantarás o mundo”, diz Tolstoi, que Miguel Torga complementa: “Do meu Marão nativo abrange-se Portugal; e, de Portugal, abrange-se o mundo.” A minha proposta é mais modesta: eu recrio imagens de outras paisagens para reinventar o meu Matão.
Estes poemas telúricos, ou seja, do planeta Terra, mas também da minha terra. Eis Memória da terra, o livro que comecei a escrever há vinte anos e que agora concluo e lhe entrego, amigo leitor.                            
  
   J. C. M. Brandão






                       

                             e-book aqui: http://issuu.com/jcmbrandao/docs/mem_ria_da_terra