sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A EUGÉNIO DE ANDRADE





 


A EUGÉNIO DE ANDRADE


Contemplo a minha imagem
na água clara do dia.
Eu sou a distância sem fim,
a minha sede é imensa.

Palavras, palavras
e um banho de espuma.
A água corre, se renova,
eu nunca sou o mesmo.

Inscrição na parede da caverna
primeira, virgem, única.
A palavra – relâmpago! –
instaura a luz.

Desenhos traçados na praia
pelas águas e algas do mar.
Poesia escrita na areia
para o vento apagar.





Um comentário:

Franciéle Romero Machado disse...

Adoro essa sutileza no poema, o modo que as palavras se mostram.Gostei, um poema muito bom!

Tenha um bom dia!
Abraço!


(Aguardo sua visita em meu blog)