A SOPHIA
DE MELLO BREYNER ANDRESEN
Vejo o mar
quando me lembro de ti, Sophia,
e é um mar grego
e uma deusa se ergue das águas.
É o mesmo mar
batendo nos rochedos bravios,
as palavras como conchas,
como pérolas negras.
A água escorre das minhas mãos,
a tua água, Sophia.
Sou a luz e a pedra de Boticelli
no cais de onde nunca parto.
Eu sempre volto ao mar,
nunca me satisfaço.
Quando morrer ainda voltarei ao mar
à procura de mim.
Vejo o mar
quando me lembro de ti, Sophia,
e é um mar grego
e uma deusa se ergue das águas.
É o mesmo mar
batendo nos rochedos bravios,
as palavras como conchas,
como pérolas negras.
A água escorre das minhas mãos,
a tua água, Sophia.
Sou a luz e a pedra de Boticelli
no cais de onde nunca parto.
Eu sempre volto ao mar,
nunca me satisfaço.
Quando morrer ainda voltarei ao mar
à procura de mim.
José Carlos Mendes Brandão
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