A EUGÉNIO DE ANDRADE
Contemplo a
minha imagem
na água clara
do dia.
Eu sou a
distância sem fim,
a minha sede é
imensa.
Palavras,
palavras
e um banho de
espuma.
A água corre,
se renova,
eu nunca sou o
mesmo.
Inscrição na
parede da caverna
primeira,
virgem, única.
A palavra –
relâmpago! –
instaura a luz.
Desenhos
traçados na praia
pelas águas e
algas do mar.
Poesia escrita
na areia
para o vento
apagar.
Um comentário:
Adoro essa sutileza no poema, o modo que as palavras se mostram.Gostei, um poema muito bom!
Tenha um bom dia!
Abraço!
(Aguardo sua visita em meu blog)
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