sábado, 22 de maio de 2010
A lâmpada de argila
A lâmpada de argila
Chego ao lago sereno com suas flores e pássaros.
Deito-me ao sol dourado, sob o verde das árvores.
A brisa ergue no ar a poeira fina dos estames
E a terra fertiliza-se como num encantamento.
Tomo da palavra como uma chave mágica.
As estrelas cantam nas folhas ainda escuras.
O sino toca na montanha acordando o dia.
O meu tronco de árvore floresce e frutifica.
A lagarta carrega uma flor nas costas, torta de dor.
A aranha tece a sua teia, caça e devora a mosca.
O limo escorre entre as pedras do barranco.
Uma cortina de água flui na entrada da gruta.
A casa da poesia é a única morada de Deus.
A lâmpada de argila brilha ainda.
________
Assinar:
Postar comentários (Atom)
6 comentários:
Meu amigo
Lindo como sempre seu poema...adorei.
Beijinhos
Sonhadora
E como brilha...
e poesia é toda essa descrição da natureza, fazer poema é beber dessa fonte.
A palavra é a sua chave mágica.
Brandão,
A casa da poesia é a [melhor] morada que conseguimos apresentar a Deus.
Há luz no barro.
Abraços.
A unidade que você consegue na diversidade de um poema é a chave desse brilho.
Um beijo.
Postar um comentário