quinta-feira, 12 de março de 2009
Leveza
MAS QUEM?
Quem pisou os espinhos,
deixou o sangue nas pedras
e voou com as andorinhas?
REMEMBER
Lembrai-vos da dor.
Depois nem de Deus-Abismo
será possível esquecer.
A ROSA DE OURO
Quero a rosa de ouro.
Quando o unicórnio do tempo
volta para Deus.
EXÍLIO
Exilamos a palavra,
a rosa e a pedra de Deus
e de nós fomos exilados.
ENTRE
Entre nascimento e morte
a solidão da pedra
sob o cipreste azul.
LEVEZA
A terra me seja leve.
Não me afaste do mar
nem de Deus.
LOUCURA
O poeta enlouqueceu
e nunca mais interrompeu seu canto.
(Foto: Sônia Brandão)
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4 comentários:
Assim como o oceano só é belo com o luar
Assim como a canção só tem razão se cantar
Assim como uma nuvem só acontece se chover
Assim como o poeta só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor não é viver
(Vinícius De Moraes/tom Jobim)
Desejo a você um resto de semana maravilhoso
Abraços. Eduardo Poisl
Interessantes!
Um abraço
Meu querido mestre Carlos Brandão: que Ñanderu acolha as pedras das nossas canções. Que seja pedra enquanto leveza. Sua presença é um sinal de que sem a poesia os tempos não existirão.Bjos de luz pra você e Sonia.
"Leveza" é mais, muito mais que um conjunto de poemas, é um belo exemplo de composição poética.
Parabéns, Poeta.
Forte abraço.
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