segunda-feira, 30 de março de 2009
A alegria
A relva recobre o chão e viver é tão grande
O peixe me revela a cor das coisas
Sou a semente plantada na terra
Vejo na enxada o nome do universo
Vejo no perfume do pássaro a alegria
A música das águas abraça as árvores
Margaridas dançarinas cantarolam na luz
Um cavalo alazão relincha na invernada
São meus os horizontes das palmeiras
Tenho raízes e a infância grita no mato
Tenho estrume nas botas e grito para o dia
A cobra percorre o caminho da roça
O pincel do lagarto colore a paisagem
O pólen da beleza desenha a vida.
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A ALEGRIA (TAMBÉM) É MATÉRIA DE POESIA
Remexendo nos meus baús (tenho baús? Alguém ainda tem baús? Tenho um, lindo, na sala - como decoração. Mas você sabe que não é desse baú que falo), no baú de há uns 10 anos encontrei esse poema. Achei que não era de se jogar fora, tanto que não joguei. Serve no mínimo para lembrar, coisa de que eu mesmo costumo me esquecer, que a alegria - a alegria e as raízes são matéria de poesia.
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11 comentários:
ola José!
Bom dia.
Pois todos temos um baú na nossa vida... mesmo que nao esteja visivel na sala a fazer de adorno, está no nosso coração... lindo este teu poema, cheio de alegria, cor e beleza....contem todos os simbolos da natureza...
ar...água...terra...
cheira a felicidade!
Deixo um bjo e o meu sorriso.
Bea
Oi amigo.
Acho que todos temos baús. É desse baú, a que chamo manuscrito, que estou a retirar os poemas que servem para tema do meu blog sobre a Revolução de Abril.
Bem, nesse agradável soneto que escreves, só mesmo tu para dizeres que:
"O pincel do lagarto colore a paisagem"
Um abraço
Victor Gil
Essa alegria manifestada em seu poema é bonita de ler. Há uma certa ingenuidade que encanta. É bom ter memórias como essa. Apaziguam a alma. Abraço.
Ainda bem que não jogou. Seria um crime!
É lindo!
Lendo esse ´poema fiquei feliz por ter podido dar aos meus filhos auma infância com tudo isso. Até as cobras no meio do mato. Hoje, eles sabem conviver com todos os animais, com os barulhos da natureza, com os sinais do tempo.
Acho que essa é a maior herança que vou deixar para eles: terem aprendido a viver e respeitar a natureza como parte de si mesmos.
Amei o poema.
beijo
...............Cris Animal
Carlos Brandão: querido mestre, poeta e amigo. Sua poesia é feito arvore de raíz profunda ficada no centro da terra. Paz em Ñanderu, Grauninha
Olá
Gostei muito do comentário que deixou no meu blog "Feminino Singular". Volte sempre.
Um Abraço e uma rosa
Em todos os momentos da nossa vida há um baú...
Alegria...
Convite para Drink of Lx no Angel Bar.
Boa Semana
Canto pela semnte que é plantada,
Canto pela mão que a colherá.
Canto aqui e canto lá,
Canto em qualquer lugar.
Ser cantor não basta
Neste mundo invasor.
Sabendo do fato cruel,
Me calo, fingindo grande terror...
Medo mesmo não tenho,
Só e um finfimento.
Forço. Finjo finjir.
O vento leva minhas esperanças
E depois as tras de volta.
Eterno prantear e sorrir.
Olha para os campos na Primavera
e diz-me se também não te dói interpretar
a natureza do Inverno humano.
josé heitor santiago
Parabéns, José
pelo verde, pela natureza, pela poesia, pela vida!...
Abraços poema,
jhs
etérea a matéria
revire mais baús, José Carlos... :)
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