domingo, 9 de setembro de 2007

O pranto de Ulisses

Ulisses na ilha chorando seus companheiros mortos
espalhados pela praia como flores murchas ao sol.

Ulisses se inclina e geme de dor.
Tem sangue na face e tem sangue nas mãos.

O pranto não se interrompe. Nem quando recolhe os mortos
e os amontoa numa pira: o fogo purifica, a dor continua.

Uma rosa bóia, entre as pedras, num lago de sangue;
Ulisses leva aos lábios e beija,

no sangue da rosa, a dor dos companheiros mortos.

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