AS BORBOLETAS POUSADAS NA MÁQUINA FOTOGRÁFICA
Duas borboletas pousadas
na máquina fotográfica
do poeta distraído e atento
como trazidas pelo vento.
Ou pela brisa mais suave,
também uma forma de vento.
O poeta em êxtase captura
a sua paisagem mais pura.
Um pássaro canta? Ninguém
ouve no cair dessa tarde.
As duas borboletas pousadas,
mais do que pousadas, aladas
agora no êxtase do poeta
que as ilumina sem ser visto.
Não basta uma só borboleta
para a luz do êxtase do poeta.
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