O SOL NEGRO
O sol negro
derrete o asfalto da avenida.
A mendiga
remexe o lixo à procura de comida,
os seus olhos
estão secos, a língua está seca, as mãos estão secas.
Sou uma sombra entre
os blocos de cimento.
Bebi nos bares,
nas delegacias, nos hospitais, nas ruas barulhentas
o silêncio de
Deus.
Um comentário:
Exelente.poema...
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