domingo, 19 de agosto de 2012

O SOL NEGRO





O SOL NEGRO


O sol negro derrete o asfalto da avenida.
A mendiga remexe o lixo à procura de comida,
os seus olhos estão secos, a língua está seca, as mãos estão secas.
Sou uma sombra entre os blocos de cimento.
Bebi nos bares, nas delegacias, nos hospitais, nas ruas barulhentas
o silêncio de Deus.