quarta-feira, 24 de março de 2010

As águas do rio



As águas do rio

A rosa floresce.
Junto à fonte interminável
Abre as pétalas de luz.
Um bem-te-vi anuncia o arrebol.

Na harpa da palavra,
Com os dedos em chamas,
Vou tangendo o universo.
No meu olhar cai o orvalho da manhã.

Vejo a tua face na gota de orvalho.
A libélula se procura à beira d’água.
Ouve-se o som da sombra de uma folha.

O poeta vive à beira do abismo e do êxtase.
As águas do rio estão dentro dos meus olhos,
Nunca acabam de passar.

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8 comentários:

Anônimo disse...

"O poeta vive à beira do abismo e do êxtase.
As águas do rio estão dentro dos meus olhos,
Nunca acabam de passar."
Qualquer dia destes coloco estes versos lá no meu perfil se vc permitir.
Bjs.

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Meu amigo
Lindo poema...realmente o poeta vive mesmo assim.

Beijinhos
Sonhadora

Mar Arável disse...

Poetas somos todos

mesmo os que escrevem poemas

Abraço

chica disse...

E é esse olhar que vê tudo, todas as belezas que te faz esse poeta maravilhoso! abração,lindo dia e fim de semana,chica

Gisele Freire disse...

Saudades de vir cá, e quando venho leio tuas palavras tão bonitas Brandão. São sempre um bálsamo pro meu coração.
Gi

nydia bonetti disse...

dentro
e fora dos nossos olhos
fluem
generosos rios

Sim, tua poesia é bálsamo, Brandão.

Abraços.

Fernando Campanella disse...

...As águas do rio estão dentro dos meus olhos,
Nunca acabam de passar.

Como é bonito isso, Brandão. Essa natureza dentro da alma me lembra Li Po. Acho que é identidade dos poetas.
Um abraço.

Marcelo Novaes disse...

Brandão,





Fio de luz por entre extremos.


Esse é o caminho do poeta?!


;)







Abração.