Eu estava abraçado à arvore da noite
Com seus frutos dependurados no abismo.
Eu tinha medo de dormir, dormir para sempre
Sob o brilho das estrelas cantando no caos.
A planície se estendia até o infinito
Além do que a vista enxergava, entre as trevas.
Uma figura humana caminhava em minha direção
Gesticulando, com os unhas erguidas para os céus,
Os dentes rubros das chamas saindo pela boca.
É a morte, eu pensava, e vem me levar nos ombros.
Para onde irei? O que é morrer? Acabar?
E eu ouvia o silêncio branco me respondendo
Do moinho da sombra, do barco do enigma:
O universo repousa nas águas do eterno.
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