As lágrimas do morto encheram toda a sala,
O pensamento se esvaía no ar da noite,
O coração percebeu que havia parado.
O sal da morte amolecera o barro.
O universo se apaga nos olhos do morto.
O universo seco, como a areia do deserto.
Por que choro? Por que memória?
Que imagem da vida quero levar?
Não fui outro. Fui eu o próprio espelho.
As coisas passam, as coisas foram. Eu fico.
A morte deságua na areia do esquecimento.
A morte seca, a lágrima seca, o sal seco.
A rede das estrelas balança sobre outro mar,
Pescando outros peixes – na noite do eterno.
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